A vesícula biliar é um pequeno órgão aderido ao fígado, no lado direito do abdome, logo abaixo das costelas. A sua função é armazenamento e concentração da bile, um líquido amarelo-esverdeado que é produzido no fígado, este auxilia na digestão das gorduras.
Quando este órgão “fica doente” ele tem a tendência de formar pequenas pedras, conhecidas como cálculos biliares. Eventualmente este quadro não traz qualquer sintoma ao paciente, pode ser somente um achado de exame, mas geralmente, a principal queixa é dor no estômago ou do lado direito em cima da barriga, podendo até irradiar para as costas. Eventualmente enjôos e vômitos são relatados pelos pacientes. Quando o quadro é mais grave pode haver febre, mal estar e dores fortes.
Os fatores que favorecem o surgimento desse problema são dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras, diabetes, obesidade, alterações hormonais, uso prolongado de anticoncepcionais, fumo e predisposição genética.
O tratamento desta doença é cirúrgico e é feito por video-laparoscopia, pequenos orifícios por onde se retira a vesícula biliar, que o órgão doente. A vida sem a vesícula é completamente normal e a bile continua seguindo o caminho do fígado para o intestino.
Outra doença comum deste órgão são pólipos, que são pequenos crescimentos no revestimento interno da vesícula que lembram uma espécie de verruga. Normalmente eles são formados por colesterol e não provocam nenhum sintoma.
Eles costumam ser descobertos por acaso, durante a investigação de um outro problema, por exemplo, e, apesar de causarem muita preocupação por haver uma pequena chance de se transformarem em tumores, na maioria das vezes não precisam de tratamento, já que essa complicação não é comum, especialmente em pessoas jovens. O médico apenas faz um acompanhamento com a ajuda de exames de imagem para ver se ele está crescendo e, se isso acontecer, pode ser recessário uma cirurgia para avaliação deste pólipo.